sábado, 29 de outubro de 2011

A cara da F1 em 2012

Estou há um tempo querendo postar sobre as mudanças de regulamento para 2012 porém sem tempo para fazer todos os desenhos e esquemas que são necessários para explicar. Felizmente o Craig Scarborough fez esse trabalho (e bem feito) em seu blog e resolvi colocar aqui os links para os posts dele.

A primeira mudança é em relação à altura do bico, que tem como objetivo melhorar a visibilidade dos pilotos e reduzir o risco de airborne quando um carro bate no outro. Mais do que a aerodinâmica, essa mudança vai mudar muito a estética dos carros de F1. O link para o post explicando os detalhes neste assunto está AQUI.

A segunda mudança é em relação ao positionamento da saída dos escapamentos. Em 2012 os escapamentos próximo ao assoalho traseiro serão proibidos e uma região na carenagem do motor é definida para o posicionamento da saída. Além disso existem restrições quanto ao formato e ângulo do escapamento. Mais detalhes neste post AQUI.

Asa flexível e ressonância

Agora que os dois títulos já estão decididos, as equipes de ponta estão trazendo para as corridas peças do desenvolvimento para 2012 e a flexibilidade da asa dianteira está sendo um dos ítens mais testados, tanto a parte estrutural quanto diferentes maneiras de colocar carregamento aerodinâmico na asa. Bom, no treino livre de ontem o Massa testou uma configuração de asa dianteira e teve um pequeno problema de ressonância:



Ferrari Flexi Wings 2011 Indian Grand Prix FP1 di Mattzel89

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Goodbye Marco

Eu trabalho com muitos italianos aqui e essa foi uma semana muito triste, o Simoncelli era adorado por eles. Abaixo a foto do Trulli na India hoje cedo, uma foto que não sei porque me causa um certo enjôo.

domingo, 23 de outubro de 2011

Louros aos Campeões

Tanto a F-Indy quando a MotoGP já tem seus campeões de 2011, porém as duas categorias enfrentam situação parecida com a morte de um piloto em plena corrida. Na Indy foi pior ainda porque Franchitti garantiu o título por causa do acidente que matou Dan Wheldon mas que também envolveu Will Power. É o tetracampeonato do escocês, uma conquista incrível considerando as incertezas de uma categoria onde estratégia e sorte muitas vezes valem mais que talento e carro bom. Uma pena que a conquista tenha chegado de forma tão trágica. Mas não apaga o grande campeonato que ele fez. E também não me deixa esquecer de como Will Power entregou o título novamente. Dessa vez a culpa nem foi dele como em 2010, mas ele parece zicado demais. Dois acidentes nas duas últimas provas acabaram com o sonho. Franchitti agradece.

Stoner por sua vez conquistou o título de forma impecável. Teve como grande rival o atual campeão, Jorge Lorenzo. Pedrosa seria uma ameaça, mas o acidente com Simoncelli na metade do campeonato tirou as chances dele. Stoner comemorou o título em casa, uma semana antes da tragédia da Malasia. Teve pelo menos a chance de curtir a conquista do bicampeonato.


Conceitos Coreia 2011


O GP da Coreia leva fácil o prêmio de corrida mais sem graça e sem identidade com a categoria. Os promotores choram um prejuízo de milhões de dólares na corrida de 2011 e os vizinhos ruralistas não enxergam a menor razão dessa prova. Acho que tem vida curta essa aventura coreana.

Da prova lembro pouco. Não que na pista a corrida tenha sido muito chata, mas a madrugada, o horário de verão, o campeonato resolvido e um local sem sal nem açucar não ajudaram. Pra não dar muito trabalho peguei a nova trapalhada do Petrov para colocá-lo como pior da prova. Ele salvou os brasileiros de levarem a honra...

Hamilton ganha o prêmio de piloto mais combativo pela forma incrível que segurou o segundo lugar. Vettel foi o retrato do campeonato - seguro, sem erros, longe de problemas. E Webber vai de Adrian Fernandez pra completar o pódio - realmente não vejo a hora de 2012 chegar pra arrancar essa categoria dos conceitos.

Vamos agora pra India. Ouvi falar que a pista é boa, na teoria será a segunda maior média de velocidade, só perdendo para Monza. Eu tenho a sensação (sem qualquer argumento plausível) de que será um GP tão bobo e sem identidade com a Coréia.

sábado, 22 de outubro de 2011

Reflexões sobre a morte de Wheldon – agora sabendo de Simoncelli

Comecei a escrever este post no sábado à noite. Não deu tempo de terminar e deixei para o domingo cedo. Tempo que foi suficiente para outro choque no mundo do esporte a motor, dessa vez na MotoGP. Essa noite foi a vez de Marco Simoncelli, piloto italiano de 24 anos, perder a vida num acidente muito parecido com o que matou Shoya Tomizawa da Moto 2 cerca de 1 ano atrás. É mais um caso que se encaixa no que estava escrevendo. Então segue o que já estava pronto.

“Apesar do silêncio no blog ao longo da semana, conversamos muito por e-mail e isso foi interessante para uma reflexão sobre o acidente no GP de Las Vegas da Indy que levou à morte do inglês Dan Wheldon. Nos jornais, sites especializados, blogs, todos buscam explicar as razões, encontrar erros, culpados, ou apenas aceitar que isso faz parte do jogo. Muitos pilotos da Indy, F-1 e outras categorias deram suas opiniões, que variam amplamente na questão dos riscos, do absurdo de colocar tantos carros numa pista pequena, na questionável segurança dos carros da Indy. Mas a grande maioria, pra não dizer todos porque não tenho certeza, terminam com algo do tipo: sabemos dos riscos, mas por amor ao esporte seguimos em frente.

A reflexão de tantas informações nos leva a montar um ponto de vista sobre o que aconteceu, nem tanto na avaliação do porque Dan Wheldon morreu, mas no sentido do automobilismo como um todo. O que faz um ser humano decidir por pilotar um carro a 350 Km/h apenas para chegar na frente dos outros? A resposta é a mesma do porque um cara aceitou sentar num foguete com asas para quebrar a barreira do som. Ou mesmo viajar até a lua. O ser humano é insano por natureza, essa é a realidade. E essa insanidade é refletida tanto no comportamento daqueles que aceitam correr riscos por prazer, por glória, por heroísmo, quanto por aqueles que transformam esses loucos em pseudo-deuses por considerá-los pessoas especiais, dotadas de um talento fora do comum e que aceitam aumentar os riscos pelo prazer da conquista. Em algum post esquecido no passado desse blog escrevi certa vez que a Nascar era uma verdadeira alusão ao pão e circo de Roma, uma caracterização moderna de um espetáculo de gladiadores. No Coliseu, a morte fazia parte do jogo e se não acontecesse, a turma voltava para casa decepcionada. Hoje temos Nascar no Super Speedway de Talladega onde todos esperam que aconteça o “Big One”, um acidente que envolva muitos carros ao mesmo tempo. Se isso não acontecer, garanto que a maioria volta pra casa dizendo que a corrida foi chata. E cada um dos pilotos que vai largar hoje sabe disso, e sabem que podem ser o escolhido da vez na pancada. Pergunte a cada um deles se querem desistir por causa dessa possibilidade? Não mesmo.

Vejam o caso do próprio Dan Wheldon. Venceu duas vezes as 500 milhas de Indianápolis. Tornou-se celebridade, tornou-se um herói. Está eternizado na memória da categoria, seu rosto no troféu mais famoso do automobilismo. Será que ele trocaria tudo isso mesmo se soubesse que aos 33 anos morreria numa pista de corrida? Sinceramente não sei porque outros fatores como família entram na jogada, mas não seria uma resposta fácil.

Nelson Piquet disse numa entrevista que deve ser facilmente encontrada no Youtube alguma coisa do tipo: o público assiste corrida para ver acidente, tragédia. Quanto mais batida, melhor, senão ele perde o interesse, desliga a TV e vai fazer outra coisa. Concordo 100% com ele. O ser humano gosta de tragédia, isso vende, o drama vende. Uma pequena minoria assiste corridas para ver um ser humano talentoso tirar cada milésimo de segundo possível de um projeto de engenharia de milhões de dólares otimizado ao extremo.

Por mais que os envolvidos (pilotos e espectadores) saibam dos riscos existentes, quando alguém morre numa competição fica aquela impressão de que a coisa passou do limite. E a conseqüência são os questionamentos sobre segurança, riscos elevados, etc. Mas basta um mês para que isso seja superado e tudo volte ao normal para o público em geral.”

O caso de Wheldon, e agora infelizmente o de Simoncelli também, são sim fatalidades. No caso da Indy ficou a sensação de que correr naquela pista, com 34 carros, parecia um risco além do padrão. Não concordo com isso porque a coisa funciona assim há muitos anos na Indy. É só ver o número de fatalidades nos últimos anos quando comparamos com a F-1. É porque a F-1 é mais segura? Não sei, prefiro considerar a Indy apenas mais arriscada que a F-1. A exposição a um acidente é muito maior num oval do que num circuito misto. Em termos de segurança do carro ou proteção aos pilotos, são muito parecidas.

Certamente a perda da vida desses caras vai elevar de alguma forma o padrão de segurança das categorias, é como num acidente aéreo, alguma coisa precisa ser feita. É cada vez mais inaceitável a perda de um herói ao vivo e a cores. Mas... seria inadmissível, e ai entra a insanidade do ser humano, acabar com o risco do automobilismo. O dia que o piloto sentar num simulador e o carro na pista for apenas uma máquina comandada à distância, o interesse simplesmente acaba. Porque os pilotos passariam a ser reles mortais como qualquer um de nós.

domingo, 16 de outubro de 2011

Franchitti campeão depois de acidente feio!



A corrida vai passar depois das 20:00hs na BandNews, VT, uma palhaçada diga-se de passagem. Mas o título está decidido porque Power está envolvido na pancada. Como nenhum canal está passando, não dá pra saber exatamente o que está acontecendo, se alguém se machucou. Mas o acidente foi muito feio. A prova está interrompida nesse momento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Final de semana lotado

Esse final de semana está lotado de eventos automobilísticos e motociclísticos. Tem F-1 na Coreia, F-Indy com decisão de título em Las Vegas, MotoGP na reta final na Austrália, Stock Car na reta final em Brasilia, Nascar (óbvio que tem Nascar...) em Charlotte numa boa briga pelo título. E pra ajudar, tem o começo do horário de verão. Isso sim é sacanagem. Começar o horário de verão na madrugada do GP da Coréia chega a ser uma maldade aos fãs brasileiros.

Desse pacotão todo, recomendo ver a F-Indy, se é que a Bandeirantes vai passar. Franchitti e Power chegam na última prova com chances de título, o escocês à frente. Mas os dois largam lá atrás, Tony Kanaan fez a pole. O escocês pode alcançar o quaro título consecutivo, um legítimo tetracampeonato. Power tá ficando com fama de amarelão, vai acabar ajudando o adversário.

MotoGP em Phillip Island também é uma boa. A largada será na madrugada do domingo, 1 hora antes da F-1. Ou seja, tá no inferno, abraça o capeta. O negócio é ignorar o horário de verão e pegar a rodada dupla. Só espero que Bernd Maylander não domine a prova como ano passado porque ele dá muito sono.

Stock Car virou lenda, não vou perder meu sono por causa disso. Nascar só se o Bola vier assistir aqui em casa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Onde está o erro?

Enquanto o Rafa aproveitou o feriado para escrever o sempre bom post dos conceitos, eu aproveitei pra dar uma olhada nos relatórios do FSAE Brasil 2011. Algumas boas surpresas, outras decepções, muito acochambramento, o normal de sempre.

Mas ao fazer a planilha de controle dos relatórios, uma coisa que é recorrente há anos e só agora caiu a ficha: 22 equipes inscritas. 18 instituições públicas de ensino e 4 particulares. 18% de escolas privadas nas inscritas no FSAE-B 2011. Quando a realidade do Brasil é exatamente o oposto.

O que leva as faculdades de engenharia particulares a não investir em programas estudantis? Seria o perfil dos alunos? Não, algumas equipes são feitas por alunos que pagam a faculdade, trabalham de dia, estudam de noite, e ainda fazem o carro chegar no final do enduro.

Seriam orientadores fracos? Não, tem equipe particular com professores valorosos, que puxam as equipes e facilitam o acesso dos alunos ao conhecimento dentro dos departamentos.

Será que as particulares não percebem o valor de marketing que é ter uma equipe de baja/FSAE na sua escola? Também não. É só olhar qualquer página da internet ou folder dessas escolas que você percebe que elas sabem muito bem usar esta ferramenta.

A minha única (e decepcionante) conclusão é que as instituições nacionais de ensino particular estão preocupadas com o bolso, mesmo. Não querem gastar um punhado de reais pra montar uma oficina e deixar usar os laboratórios, para que os seus estudantes aprendam um pouco mais.

Uma universidade que se preocupa com o lucro ao invés da qualidade do profissional que ela está formando é uma universidade falida já no seu conceito, e não dá pra aceitar uma visão tão idiota do ensino de engenharia assim.

Por isso, por favor, me ajudem, achem outro motivo para tamanha surra que as públicas dão nas privadas, nos eventos estudantis. Quem tiver outra resposta, que poste aqui. Enquanto isso, volto a minha rotina de noites e noites vendo relatórios... Vamos pelo menos ajudar os poucos que se esforçaram para estar na competição.

Setor G, aqui vamos nós....

... pela última vez... EU JURO!!




Que chuvarada... aqui em SP e na Coréia...

Entrevista com Senna em 1991

Essa semana foi lançado o DVD do filme Senna aqui na Inglaterra e com isso mais um monte de material sobre ele está sendo divulgado/comentado pela mídia. O site Autosport colocou um vídeo com a entrevista com Senna durante o Autosport Awards em 1991:

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Conceitos Japão 2011


Feriadão providencial para colocar o post dos conceitos em dia antes da próxima corrida.

Apesar de Button ter roubado a cena no Japão, temos que começar falando de Vettel, o mais jovem bicampeão, gênio, blá blá blá... Uma dupla quase perfeita essa Vettel-Red Bull. O que podemos falar de um cara que depois de 15 corridas tem como pior resultado um quarto lugar? Em 15 provas só não subiu no pódio uma vez. O pior resultado dele é melhor que o quinto lugar de Massa, a melhor posição do brasileiro. Um verdadeiro massacre que só deve aumentar até o final do ano.

Ano passado, em certo momento do campeonato, Vettel parecia desestabilizado pela velocidade de Webber, que ganhava força e parecia ser a chance da Red Bull em conquistar o título. Mas algo aconteceu... da parte final do campeonato em diante, Vettel começou uma ascensão que não parou em 2011 e promete continuar em 2012. A última vez que Vettel cruzou a linha de chegada abaixo do quarto lugar foi na Bélgica em 2010!! Depois teve a quebra de motor na Coreia, quando liderava. E só isso. Pra quem tinha pesadelos com o domínio do trio Schumacher-Brawn-Todt agora tem calafrios com o trio Vettel-Newey-Horner.

O título antecipado de Vettel também mostrou que apesar dos esforços em transformar a F-1 numa gincana, o melhor piloto com o melhor carro foram os campeões. Asa móvel, pneus diferentes, safety car por qualquer bobagem, tudo isso serviu pra criar uma bagunça no pelotão intermediário. Vettel se manteve fora dessa confusão. O grande mérito e segredo do sucesso dele. Agora é esperar e ver o que mais esse alemãozinho vai conseguir. São apenas 24 anos... meu Deus...

Agora sim, Button. Que fase do inglês! Desde a classificação já dava pinta que poderia rivalizar com Vettel. Vi alguns sites dizerem que Vettel não correu pra vencer, mas pensando no campeonato. Acho que isso tem sua verdade, mas passou a valer apenas nas últimas 10 voltas, quando Vettel caiu para terceiro e sabia que Alonso e Button não tinham nada a perder, ao contrário dele. Mas até esse momento, andou forte (muito mais que Webber por exemplo...). Na própria largada assumiu um risco grande ao fechar Button. Tudo isso pra deixar claro que a vitória de Button foi mérito dele, andou tudo que o carro oferecia. Não foi uma corrida em que venceu por condições adversas. Venceu porque andou forte o tempo todo. E isso está tirando o sono de Hamilton, porque ele era o cara a andar forte, Button era o cara das estratégias. Agora Button está sendo o cara das estratégias e que anda forte!

Alonso faz o que Schumacher fazia na mesma Ferrari no final dos anos 90. O carro não é suficiente para ser campeão mas ele está sempre na briga. E a maior prova de que ele anda mais que o carro é a triste comparação com o companheiro de equipe. Que temporada melancólica do Felipe Massa. Pra ele sobrou apenas bater boca com Hamilton. São dois pilotos que terminam a temporada muito em baixa.

Para acabar, não podemos esquecer da nossa querida Lotus!! A Lotus verde!! A Lotus de Trulli, Kovalainen e CT. Pela primeira vez na história da equipe os dois carros completaram o percurso completo de uma corrida! Terminaram na mesma volta do líder! Pode parecer pouco e até irônico o comentário, mas não é. Pelo contrário, isso mostra a evolução constante da equipe. Ano passado em Suzuka Kovalainen tinha chegado 1 volta atrás e Trulli 2 voltas atrás. Ah... mas esse ano teve o safety car... teve sim e com certeza ajudou. Mas o safety car já entrou várias vezes na pista desde que a Lotus existe e mesmo assim isso não havia sido alcançado. Então valeu CT, parabéns pelo esforço de vocês!! A Lotus é o Brasil na F-1!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Em nome do espetáculo

ATUALIZADO: Esperar o GP do Japão, com sono, e escrever post não dá certo. Eu escrevi sobre a corrida da Coreia pensnado na Índia. Ninguém conhece a pista da Índia. Então, vai agora com o texto corrigido:

Eu ia escrever isso antes da corrida da Índia, mas como aconteceu antes, vou comentar agora, mesmo parecendo coisa de engenheiro de obra pronta.

É que essa coisa irritante do espetáculo acima do esporte, complicando as regras, é realmente um tiro no pé. E gera problemas com esse da montagem do grid de Suzuka.

Eu estava imaginando uma situação hipotética na Índia: ninguém conhece o asfalto, o desgaste, etc. Chove na sexta, no sábado pista úmida pela manhã. Previsão de sol pro domingo. Você classifica seu carro pro Q3. Com os dados coletados no treino livre da manhã, e do Q1 e Q2, não dá pra montar uma estratégia pra corrida.

Então o que pode ser mais seguro? Ficar no box. Larga em décimo, mas tem mais chance de escolher o pneu certo pra corrida. E aí uma situação dessas podia ocorrer com 3 ou 4 carros. O Q3 ficaria esvaziado, chato, e previsível.

Pois é, isso aconteceu agora, em Suzuka, por diferentes motivos. Por sorte, tivemos um pouco de emoção na briga pela pole position, porque lá trás foi uma catástrofe.

Aí a FIA vai mexer na regra, de novo. Provavelmente, uma punição para quem não colocar carro no Q3. Ou senão, a regra vai falar que o piloto deve declarar o pneu que vai usar no Q3. Não era mais fácil desvincular os pneus usados na classificação e na corrida?

Pra quê simplificar se pode complicar? Depois neguinho vem fazer pesquisa na internet pra saber porque a audiência vem caindo...

Agora, as curtinhas da classificação, que fazia tempo que eu não assistia:

- Button está guiando o fino, mesmo. Ficar a 9 milésimos do Vettel é porque ele tá fazendo milagres com o carro da McLaren. Pra mim, o melhor piloto do final da temporada. Vou torcer pra ele, depois das Lotus, claro!

- É pela segurança, eu sei, mas que pena que asfaltaram a área de escape na Spoon. As escapadas de Alonso e Hamilton lá iriam mudar a história da corrida, e ia ser bem mais interessante.

- Parece que as McLaren chegaram nesta pista. Vai ser corrida boa!

sábado, 8 de outubro de 2011

O cara é muito bom


A foto diz tudo. No meio um bicampeão que vive uma fase incrível. Do lado direito um Button de bem com a vida. Do lado esquerdo... o que é isso?? Estaria ele dizendo "Have you seen Sarah Connor"?

Hamilton terminou o treino P. da vida, sabia que tinha carro pra brigar pela pole mas estranhamente não abriu a segunda tentativa. A TV não mostrou mas parece que ele e Schumacher se enrolaram na chincane antes de abrir a última volta e os dois passaram pela linha depois do cronômetro zerar. Foi profissional, cumpriu com as formalidades da F-1, mas o que ele queria na verdade era sair da frente das câmeras o quanto antes e quebrar tudo.

A corrida promete. Com o título resolvido, agora a briga é só pra ganhar as corridas. Largando da pole Vettel é favorito, mas diria que os 6 primeiros tem chance de vitória. Pois é, não descarto nem o Massa porque os carros estão próximos e os pneus vão criar uma confusão danada.

F-Indy na reta final

Enquanto aguardo o começo do treino oficial do Japão, vamos falar um pouco sobre a reta final da F-Indy. Semana passada tivemos em Kentucky a penúltima etapa do campeonato. Assim como em 2010, Dario Franchitti e Will Power disputam o título. Assim como em 2010, Will Power tinha tudo para levar e na hora H, vai deixando o título escapar. Franchitti é o Button da Indy. Entrará na prova final dia 16 de outubro em Las Vegas com 18 pontos de vantagem, o que permite ele marcar Power e fazer o que ele faz de melhor... cozinhar o galo e beliscar o tetracampeonato.

O vídeo abaixo mostra alguns momentos da prova de Kentucky. Vale pra quem gosta da Indy porque o final da prova foi emocionante - primeira vitória do Ed Carpenter (quem??) e vale pra quem não gosta porque a sequência de bizarrices nos boxes é digna do legado que o campeonato desse ano vai deixar.



Acompanhei algumas provas nesta temporada, o suficiente pra confirmar que os diretores de prova fizeram muita confusão. Penalizações absurdas, corrida com grid sorteado e total falta de experiência com situações de chuva - o video abaixo mostra Will Power dando show após rodar numa relargada em pista molhada... num oval!



Vamos para Suzuka, Q1 em andamento!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Papagaiadas do Marketing

Quinta-feira a noite, passando os canais... esperando começar a Grande Família e de repente... Lito Cavalcanti no SporTV... sim, é o primeiro treino livre do GP do Japão. Com o passar dos anos fui me convencendo que treino livre é coisa pra quem gosta muito, mas muito mesmo de corrida, porque verdade seja dita, é chato. Pior ainda os locutores que tentam achar alguma emoção nisso.

Mas eis que aparece uma cena do Massa nos boxes e me lembro de um assunto besta que queria comentar mas sempre esquecia. Assim que a câmera mostrou o Massa, ele pega aquela garrafinha de Guaraná e faz de conta que tá bebendo. Hoje foi ridículo porque ele tava com o canudo na boca mas o canudo tinha um nó... depois de uns segundos pagando mico, ele "desamarrou" o canudo e ai o showzinho ficou mais real.

O uso de boné já se transformou em ação obrigatória para os pilotos. É um milagre ver uma entrevista que o piloto não esteja com o bonezinho do patrocinador. E agora, com as garrafinhas, eles arranjaram um outro jeito de fazer um jabá. Reparem no Massa... sempre que aparece uma imagem dele, ele dá um golinho de Guaraná. Parece um robozinho.

Isso é ainda mais óbvio nas entrevistas com os pilotos da Nascar. Todos carregam algo, uma garrafa de Coca, Pepsi, energéticos, qualquer coisa. Enquanto o repórter pergunta, lá vai o piloto dando umas bicadas. Fala um pouco, e manda mais um golinho... e por ai vai.

Kimi Raikkonen mandaria uma branquinha, com certeza!

FStudent UK 2011 - Domingo - parte 2

Muito bem, pra encerrar a tarefa. Vai o último lote!




Um exemplo do tempo instável de Silverstone. Aqui, uma foto do começo do enduro do maravilhoso carro de Graz. Tem água, eles largaram sob uma pequena chuva.



Agora, o mesmo carro, no meio da primeira perna do enduro. Reparem que não tem mais spray, a pista ainda brilha de molhada, mas no fundo começa a sair o sol.



Agora, a pista ainda está úmida, mas dá pra ver o trilho seco na pista de trás. E o asfalto não brilha mais, dando pnta de secar. E o capacete é o mesmo, ou seja, a pista foi de molhada para seca durante uma única perna do enduro! Isso aconteceu bem na hora dos carros mais rápidos andarem, e com certeja ajudou a achatar um pouco os tempos do enduro, os melhores carros mais perto em tempo dos carros ruins. Mas não mexeu no resultado final significativamente.



Felizmente, os malucos do Blog Zé Ruela, calejados que são, talhados pela arquibancada mais ridícula da F1, estavam prontos pra qualquer coisa. E apesar da chuva que ia e vinha, mão na grade!


Essa aqui é engraçada. Estava seco. Seco a ponto de todo mundo usar slick.Este carro era o segundo na fila pra entrar no enduro. De repente, fechou o tempo, e choveu barbaridade. Todo mundo correu pra dentro dos boxes. A equipe desse cara saiu correndo pra se proteger, também, e metade da equipe correu pra pegar os pneus biscoito no box. O fato é que na correria, esqueceram do piloto! O cara ficou encharcado depois de uns 2 minutos debaixo de chuva fria. Só melhorou quando alguma outra equipe ficou com dó e foi levar um guarda-chuva pra ele se proteger.
E descobrimos uma infração da regra: pilotos profissionais andando no carro. Mas não deu nada, porque o Stig não pode ser considerado um "Ringer". O Stig é... bem, sei lá. Por falta de definição do que é o Stig, deixaram os pontos da escola.



Parte da equipe de Zé Ruelas, e Maria Ruela, indo pra sala privativa do Blog.


Agora, uma sequência de fotos gerais da bateria do enduro com os melhores carros:






E, pra acabar, uma prova de que algumas coisas não mudam em qualquer lugar do mundo. Olha o capricho e a organização deste box. Não entendo porque eles não chegaram ao final do enduro...






Isso encerra finalmente a saga do FStudent UK 2011. Se alguém quiser mais fotos, ou todas elas, me avisa que eu dou um jeito de mandar o CD. Vai ter mais alguns posts com umas fotos específicas, e se preparem que a seção "Xupa Rafa" ainda nem começou!










quarta-feira, 5 de outubro de 2011

FStudent UK 2011 - Domingo - parte 1

OK, esse negócio tá ficando chato, a competição foi há meses, mas mesmo assim vou cumprir o prometido e postar algumas coisas aqui. Agora, as fotos de domingo, e como tem bastante coisa, vai em dois posts separados. As fotos, com os impertinentes comentários de sempre:



A pista do enduro. Basicamente, a pista do Sprint (Autocross), com pequenas mudanças. Mas o legal aqui é a divisão de cores dos cones: verde, lado direito da pista, amarelo, lado esquerdo. Azul, zona de ultrapassagem. Facilita pra caramba a vida do piloto.



As condições eram ameaçadoras durante todo o domingo. Mas era um dia típico das Ardenas, bem tipo Spa Francorchamps: mudava a cada 10 minutos, literalmente. O Michael Royce até fez uma brinadeira, ao lembrar que este clima parecia com o seu estado natal: "Você não gosta do clima de Michigan? Então espere mais 5 minutos!"



O dia começou com os carros do pelotão do meio, misturados com os mais lentos. O pelotão do meio era rápido, e os lentos mal andavam na pista. Tráfego. Mas tinham várias zonas de ultrapassagem, então deu pra levar numa boa. A pista seca no começo do dia deu até pra emborrachar o asfalto, e teve gente até fritando pneu.




Exemplo de carros querendo ser rápidos, enquanto outros só queriam sobreviver ao enduro. Aqui, o carro da Tailândia acaba de ser ultrapassado pelo de Belfast.




Passeio pelos boxes: uma maneira (mais ou menos) simples de distribuir a carga do amortecedor no chassi de monocoque.



Esses caras de Eindhoven deram trabalho na inspeção técnica dos carros elétricos. Não, o carro deles era bom. É que não dava pra entender nada do inglês deles, mesmo!



"Ei, cara, você tá vivo? Vamos largar em 3 minutos!"




Agora, uma sequência de "pobreminhas": A luz âmbar no santantônio diz: "Não chegue perto, esta torradeira está energizada com 300 volts." Significa que o carro elétrico está carregado e funcionando. Sim, eu sei. A luz é vermelha. Mas eles insistem nesse negócio de âmbar.


Agora, reparem que a luz está apagada. É, fim de prova para o pessoal de Zurich, estavam encostando o carro. Pena, porque eles eram muito rápidos, pegaram pista seca no seu turno, e na última volta deu problema. Acho que iam ganhar o enduro.





Nada de errado aqui? Não? Olha de novo. Viseira aberta. Não pode no FSAE. E eu reconheço que na chuva, se não passar antiembaçante, tampa tudo mesmo. O segredo pra andar assim é deixar uma PEQUENA fresta aberta, só pra deixar ar frio entrar. Mas se eu perceber na beirada da pista, mando fechar!



Olha o carro da Tailândia vendo a pista ao contrário. Foi uma das poucas rodadas do enduro. Mas não conseguiram ligar o carro de volta, DNF pra eles também.




No post das provas do sábado falei que a pista tinha uma parte crítica, onde os carros passavam por cima de um carpete de grama sintética, depois a zebra. E foi lá que 2 carros resolveram quebrar logo no começo do enduro, e ficaram os dois travados no circuito entre os cones. Foi o único momento em que os Marshalls ficaram em pânico, não tinha como atender as duas ocorrências ao mesmo tempo. Mas, mesmo assim, o enduro seguiu, algumas equipes perderam muito tempo, e ninguém reclamou.


E esse foi o primeiro lote. O último bloco dessa saga segue em breve!

Vídeo de Singapura

Imagino que todos que acompanham F1 devem ter assistido ao vídeo compilado do GP de Singapura devido à mensagem de rádio do Massa. Achei esse vídeo muito animal! Enquanto assistimos às corridas o som fica em segundo plano para narração e um vídeo como esse mostra a diferença que faz ter o som em alta definição, tanto dos carros quanto dos bastidores (por exemplo o grito dos mecânicos da Red Bull quando Webber ultrapassa Alonso).