segunda-feira, 29 de junho de 2009

100 vezes Rossi

Se tem um cara que é bom mesmo nesse mundo das corridas é o tal de Valentino Rossi. Não apenas por alcançar 100 vitórias no Mundial de Velocidade (inclui 125cc, 250cc, 500cc e MotoGp) ou pelos vários títulos mundiais. Também não é pelas doideiras e comemorações sem noção a cada vitória (na 100 ele abriu um painel com uma foto de cada vitória...). Mas pela forma como sempre anda na frente em uma categoria onde o piloto realmente faz a diferença. Aqui não tem eletrônica, não tem aerodinâmica, não tem freios supereficientes. Lógico que o equipamento faz uma boa diferença, mas ainda assim o fator piloto conta muito mais do que em competições de carro. Na minha opinião esse caras da Motovelocidade estão no topo da pilotagem, seguido da turma do WRC e finalmente F-1.

Parabéns ao Rossi, um cara que ganha tudo e ainda assim todo mundo adora ele.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sucessão de Cagadas

Geralmente acidentes são causados por uma sucessão de cagadas que acontecem ao mesmo tempo. Esse post do Blog do Capelli ilustra bem isso: LINK

O que dá na cabeça do mecânico em entrar na pista na hora da largada??

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pergunta da Semana

Mais uma vez a pergunta da semana não é relacionada a automobilismo, mas vai valer um kit adesivo+pin dos 50 anos da Nasa. Eu e a Carol fomos visitar o estádio do Houston Texans (Reliant Stadium), o time de futebol americano de Houston. A pergunta é: quantas milhas de fios elétricos tem nesse estádio?? Aqui vai uma dica, tem mais do que no 747... Antes que alguém ache que tenho alguma fixação por fios elétricos, não é o caso, mas prometo mudar o teor das perguntas na próxima vez. Quem tem fixação por isso são os americanos, como gostam de estatísticas...

Abaixo tem a foto do kit, do estádio e do Snoopy astronauta que comprei (essa é especial pro CT e Thais). Lembrando aos concorrentes estrangeiros, que o frete não está incluido. A pergunta será respondida na próxima quarta-feira.

Como assistir a F-1 nos EUA

Para alegria e inconformismo dos meus coleguinhas, tirei 10 dias de férias a partir do feriado de Corpus Christi (será que escreve assim??) e fui visitar minha irmã que mora em Dallas, nos Zuza. Isso explica meu sumiço deste blog tão bem frequentado nos últimos dias. Antes de sair do Brasil aproveitei pra ver a programação da F-1 e comecei a me preparar: ia pegar o GP da Inglaterra por lá. Pensei comigo: hoje com o Justin TV, tô garantido... vai ser moleza!!

Sendo assim, no sábado acordei cedinho pra ver o treino oficial (Dallas está duas horas atrás de SP). Na primeira tentativa, beleza, masoquismo à parte, peguei a Globo, com o Kleber Machado falando sobre o racha das equipes. Conexão boa, imagem boa, som bom, restando 5 minutos pra fechar o Q1... tcharam, tiraram a Globo do ar! Rapidamente procurei outro canal e cheguei na BBC de Londres, com os comentários do Eddie Jordan e David Coulthard entre as qualificações - engraçado era o locutor inglês lamentando a 19 colocação do Hamilton no grid, já que em 2008 ele tinha feito uma das melhores corridas de um piloto na F1, abusando dos "amazing", "incredible", "unbelievable", "etcable". Ou seja, a gente reclama do Galvão mas eles estão em toda parte! Bom, pra garantir, guardei o link da BBC pro domingo.

Já pensando no pior, acordei mais cedo pra garantir que tudo ia funcionar o logicamente o link tinha ido pro saco. Começo uma nova busca e depois de muita luta encontro a BBC em outro endereço (nesse ponto quase acordei a casa inteira porque já estavam na volta de apresentação)... and GOOOO!! o escandaloso locutor inglês autorizou a largada. Tudo ia bem até o Alonso entrar no pitstop. Nessa hora a BBC foi pro saco e saí em busca de outro canal... peguei uma TV espanhola. Que piada... nessa hora o Hamilton e o Alonso estavam juntos, brigando pela trigésima posição e o locutor espanhol soltando adjetivos empolgados para o Príncipe das Astúrias, como ele repetia a cada redução de marcha. Em certo momento o Hamilton passou o Alonso e o locutor desceu a lenha na Renault. Mas na sequência, sem a imagem da TV, o Alonso deu o troco... o conterrâneo do Gonzo então começa (com sotaque espanhol...): "que incrível, Alonso passou Hamilton, fantástico, com certeza deve ter sido uma ultrapassagem ESPETACULAR!!"... cara, que torcida, era o próprio Galvão Bueno das Astúrias!! Depois disso, foi interessante as piadas com o Nelsinho Piquet. Nem o Scott Speed foi tão zuado. Bom, tanta zueira, tava na cara que o sinal ia cair...

E caiu. Após mais uma busca, fui parar na.... Russia! Sim, existe transmissão de F-1 na Russia. Fiquei no canal russo mais da metade da prova. Só dava pra entender o nome dos pilotos... aquela lingua é pior que o radio dos F-1, nem o Luciano Burti consegue traduzir... Faltando umas 5 voltas os russos cairam e consegui a RAI italiana, mas estava com o som péssimo, então não deu pra ouvir nenhum Mama Mia. Depois da bandeirada, fui atrás dos russos novamente. Pódio e entrevista dos pilotos na Russia (sim, até na Russia eles transmitem a coletiva...). Fiquei olhando Vettel, Webber e Rubinho recebendo os troféus e pensei... CT, Thais e Gonzo formavam um pódio muito mais charmoso...

Terminada a transmissão voltei a dormir com a dúvida se esse Justin TV é tão inconstante assim ou se o problema era do internauta. Não duvido de nenhuma das hipóteses, mas pelo menos vi a corrida, the racing, la carrera, etc..

sábado, 20 de junho de 2009

FIA, FOTA e o Futuro

A situação política na F1 já está enchendo o saco. Mesmo nós que acompanhamos a F1 muito de perto temos dificuldades para entender o que está acontecendo e com quem está a bola, então muito pior deve estar para os fãs que gostam apenas de ligar a TV e assistir às corridas.
Todo o tempo eu achei que isso seria apenas uma briga de egos e que mais cedo ou mais tarde alguém cederia. Agora continuo achando que a briga de egos continua, mas tenho o pressentimento que não tem mais volta.
Minha opinião sobre o que muda se esta separação acontecer:
De um lado, acredito que veremos a F1 oficial como uma categoria mais próxima das competições norte-americanas, A1GP ou GP2, com motores padrão e pequenas variações de chassi, provavelmente com algumas equipes fornecendo chassis para várias outras. Comercialmente ela está protegida por alguns anos por uma cadeia de contratos (por exemplo contratos de cobertura com redes de TV, que por sua vez tem contratos com patrocinadores locais), portanto ela continuará sendo viável financeiramente por alguns anos e terá um tempo para se recuperar.
Do outro lado, veremos a nova categoria com os grande nomes (equipes e pilotos), muita tecnologia, mas que passará alguns anos tentando se firmar comercialmente. Quando o Bernie fala que ele colocará obstáculos para a promoção comercial de uma nova categoria eu acredito com todas as minhas forças, afinal ele é influente com muita gente não é um dos homens mais ricos do mundo à toa. Por outro lado, mesmo se esta nova categoria arrecadar menos dinheiro, as equipes podem ainda assim pegar uma fatia do bolo maior do que pegam hoje e conseguir arrecadar o mesmo tanto, o que torna a categoria viável para as equipes.
Como engenheiro que sonha trabalhar na F1, sou totalmente a favor do movimento da Fota acontecendo a divisão ou não. A imposição do limite de orçamento na F1 resultará em demissão em massa nas grandes equipes e redução dos salários de quem ficar lá. Mesmo se a nova categoria não conseguir o mesmo apelo comercial que a F1 atual tem, acredito que as equipes da FOTA encontrarão maneiras de tornar o negócio viável e manter seus desenvolvimentos no mesmo alto nível que têm hoje.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Vão dizer que o campeonato está sob controle agora?

Graças ao JustinTV, ontem assisti o GP Brasil 2008. De uma maneira completamente diferente. Somente câmeras on-board. Sem narrador, comentarista, transmissões de rádio, somente o ruído do motor de fundo.

Tenho que dizer que é meio chato, ronco de carro e a mesma perspectiva sempre. Ainda mais que a transmissão terminou em alta madrugada. Mas o editor das imagens certamente era inglês, porque 70% da corrida foi "de carona" com Hamilton. E andando com Lewis deu pra perceber duas coisas:

- Ele estava extremamente conservador na corrida. "Dirigindo como uma velha". Hamilton teve várias chances de ultrapassar a Force India do Fisichella, mas nada. Ele chegava a abrir no final da reta de largada, mas era mais por segurança do que um ataque.

- Ao contrário da maioria dos outros pilotos, Hamilton não fazia ajustes durante as voltas. Balanço de freios, diferencial, mapas de motor, nada. Massa fazia algum ajuste pelo menos uma vez por volta, mas Lewis, não. A McLaren escolheu um ajuste confortável e seguro para aquela corrida meteorologicamente instável.

A carona ficou em Hamilton a partir do último pit, quando (quase todos) entraram pra colocar pneus de chuva, na volta 67 de 71. A corrida parecia controlada ainda, seguindo os planos da McLaren.

Mas...

Hamilton foi ultrapassado por Vettel na volta 69, como vocês sabem. E aí fica a coisa estranha: Lewis continua no mesmo ritmo. Ele abre pra passar na entrada do S do Senna na volta 70, mais porque estava próximo de Vettel e fugindo do spray, como abriu do Fisichella. Mas fora isso, desce o S, faz o sol, reta oposta, lago, laranjinha, tudo mantendo a calma planejada.

Parecia que a McLaren não tinha percebido o problema. Ou que a gravidade da situação não tinha sido passada a Lewis. A letargia do piloto nessa meia volta é uma coisa impressionante. Como se estivesse indiferente a tudo que estava acontecendo.

Desce o mergulho, e a ficha caí. Era o final da volta 70, Lewis precisava passar Vettel para ser campeão. Com a corda no pescoço, o momento decisivo, vemos Hamilton fazer uma última volta escabrosa, cometendo erros em todas, todas as curvas. Da descida do S ao bico de pato, foi uma aula de como não se faz uma tangência da curva, como não se acelera na entrada do Sol com aquele rio que atravessa a pista, como não se negocia ultrapassagem com retardatário no lago, como não se usa o câmbio para reduzir no laranja... um show de horror.

Por fim, o resto todo mundo sabe: Glock, junção, título mundial.

Eu desconfiava, pelo pouco que havia visto da transmissão da Globo, mas Hamilton pilotou como uma galinha tonta na volta 71, o momento decisivo do campeonato. Enquanto Massa dominou o final de semana como campeão. OK, todo o mundo escreveu do campeão moral, venceu o conjunto que errou menos, etc. Não tem mais o que falar.

Mas a arrogância da McLaren de dizer que "estava tudo sob controle, vínhamos analisando os tempos de Glock e sabíamos que ia dar". Pára. Eles não sabiam de nada, e foi muita sorte Hamilton ficar na pista incorporado de Otávio Mesquita. Foram uns 90 segundos de terror no box, não importa o que falem. Os moradores da Inglaterra podem dizer alguma coisa.

Mas a McLaren merece a piaba que está levando em 2009, pela ridícula declaração dada no final de 2008. Castigo vem a galope.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Q & A with Ross Brawn

Vejam esta entrevista com Ross Brawn na Autosport.com: LINK
Achei muito legal a resposta abaixo, o que para mim explica um pouco sobre alguns problemas que a Red Bull está tendo e até o Barricas para bater o Button.

Q. You do everything perfect at every race, but Red Bull seem not to be able to deliver when they have the opportunity . Is it slightly disappointing for you that they are not able to take you on?
RB: I don't want to comment on other people's performance. All I know is that it is very fickle, very fine, and when you've got the confidence and when you've got the impetus behind you, you can make it look easy. But it's not. Equally, when it goes wrong, it goes wrong for the smallest reasons. They're trying to catch up, and I know, I've been in their position – when you want to catch someone up, you tend to push the boundaries a bit more.
You can't afford to be conservative; you've got to maybe take a few more risks. Certainly I have been in that position. But when you do that, you do tend to perhaps have more problems than you'd hoped. So it's very fickle, the difference between the sort of performance that we have and perhaps the performance that they had today.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dinâmica de Frenagem

Quando fui chefe do sistema de freios na equipe de Mini Baja da EESC, sempre lia nos livros que as rodas do eixo dianteiro devem travar antes das traseiras para que a frenagem seja estável, ou seja, para que o veículo continue com seu eixo longitudinal alinhado com a direção do movimento. Basicamente, quando a roda trava ela perde capacidade de gerar força lateral e, por isso, em caso de travamento das rodas dianteiras, as rodas traseiras gerarão forças laterais que manterão o carro alinhado com o movimento.
Certo dia (certa madrugada na verdade) resolvemos fazer testes de aceleração e velocidade máxima. O freio dianteiro estava meia boca e por preguiça de sangrá-lo novamente, resolvi ir assim mesmo, afinal não precisaríamos fazer frenagens fortes. A piloto era a Maria Clara (a mais leve) e uma garoa leve tinha deixado a pista escorregadia. Ela largou para a primeira passagem e ao final da reta freiou com força. Em décimos de segundo o carro deu 180 graus e parou virado na pista com a piloto de olhos arregalados... Foi ali que vi a aplicação prática dessa teoria!!!
O mesmo princípio se aplica a um carro de F1: coloque muita carga nas rodas dianteiras e pouca na traseira e você terá uma frenagem pouco eficiente; mas coloque mais carga na traseira e você poderá ter instabilidade na frenagem.
No momento da frenagem, devido a posição do cg do carro estar acima do solo (plano em que atuam as forças de frenagem) ocorre transferência de carga para o eixo dianteiro. Para veículos de rua, cuja forças aerodinâmicas são geralmente pequenas, isso significa que a força normal nos pneus dianteiros será algo entre 65-75% da força normal total. Se o pneu for considerado linear, significa que 65-75% das forças de frenagem devem estar na frente. Para um F1, um grande complicador para esta equação são as cargas aerodinâmicas. Se você tem por exemplo 60% do downforce no eixo dianteiro, e como o downforce é proporcional à velocidade, as forças normais nos pneus serão diferentes em diferentes velocidades e, portanto, a distribuição ideal de cargas de frenagens será diferente em uma frenagem a 300km/h, em uma a 250km/h e em uma a 150km/h.
Os pilotos trabalham o tempo todo com esse ajuste. E esse ajuste significa assumir o risco de levar a distribuição a um ponto próximo do limite e ter como resultado ou uma ótima frenagem ou o carro no muro, ou deixar o ajuste em uma posição mais conservadora, não correr riscos, mas também não virar tempo...
Mônaco, não sei por qual motivo (ondulações?, mudanças de qualidade do asfalto ao longo da volta?, mudança de aderência?) a instabilidade em frenagem fica mais evidente.
Não consegui achar todos os links no You Tube porque a FIA tirou os vídeos. Se alguém souber de outras fontes comente aqui ou atualize os links:
- Pole position do Button Mônaco 2009 onboard (ele muda o set up do freio no lado esquerdo do cockpit 4 ou 5 vezes): não achei mais o link;
- Acidente Hamilton em Mônaco 2009 na qualificação (traseira trava primeiro): LINK;
- Acidente Massa em Mônaco 2009 na qualificação (idem): não achei o link;
- Acidente Couthard em Mônaco 2008 na qualificação (idem): LINK;
- Acidente Kimi em Mônaco 2007 ou 2008 na corrida (perde a traseira na saída do túnel e bate no Sutil (acho)): não achei o link.

domingo, 7 de junho de 2009

Conceitos dos pilotos - Turquia

Ainda não decidi o melhor formato, mas depois das corridas os pilotos vão ganhar conceitos pela sua participação. Tô pensando em notas, conceitos, palavrões, medalhas, qualquer coisa que deixe bem claro que mandou bem e quem pisou na bola (ou no freio)... sugestões são bem vindas...

O curioso (e irritante) caso de Jenson Button...

A corrida de hoje confirmou algumas coisas importantes: a primeira é que não veremos a disputa do título em Interlagos. A outra é que além de passar uma fase incrível como piloto, tudo, mas tudo mesmo conspira a favor do Button. Na primeira volta os dois pilotos que poderiam de alguma forma atrapalhar o passeio dele se lascaram - Rubinho novamente ficou na largada (todos os sites e jornais vão perguntar porque isso acontece só com ele...) e Vettel, quem diria, também entregou o ouro. A Formula 1 de hoje premia os mais carros e pilotos mais rápidos, mas não permite erros. Não existe mais a chance de errar uma curva, rodar e depois recuperar o terreno perdido (Mansell estaria lascado nos dias atuais...). E nesse ponto, Button está impossível, não errou nem uma marcha desde a primeira etapa. Só mesmo um milagre para o título sair das mãos dele, o que não seria justo porque ninguém mais do que ele merece esse título até agora.

No mais a corrida teve poucas brigas interessantes e apenas no pelotão intermediário, com Kimi e Hamilton brigando por uma honrosa décima colocação. O que confirma que as mudanças radicais de regulamento só serviram para mudar a ordem das forças no campeonato. Continua tão difícil quanto antes fazer uma ultrapassagem, vide o trabalho do Rubinho com o Kova. E a confiabilidade dos carros está incrível, praticamente não temos mais quebras. E como é bom quando o Galvão não transmite a F-1...

sábado, 6 de junho de 2009

Palpite - GP da Turquia

Depois de ver os pesos, vai cá o que a bola de cristal me disse:

Rubens vai largar melhor que Button; fecham a primeira volta assim: Vettel, Barrichello, Button. Depois da primeira parada, Rubens e Jenson passam Sebastian.

Segunda rodada de pits, Button passa Rubens. E acaba assim:

Jenson, Rubens, Vettel, Trulli, Alonso, Webber.

A Brawn va dar uma chance pro brasileirinho? Não. E nem deve, a equipe tem que se concentrar em ganhar o título logo, pra poder pensar em 2010. Porque os outros já estão pensando.

Massa abandona, Piquet também. Hamilton apagado. Mas esse pelo menos chega.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pilotoons do Bruno Mantovani

Mas vamos lá, chega de outros assuntos, voltemos ao bom e velho automobilismo.

Essa semana aproveitei para fuçar um pouco nos blogs dos concorrentes e encontrei umas caricaturas ótimas!! A criação é do Bruno Mantovani. Não conheço ele, mas virei fã das caricaturas. Estão no blog do Capelli, no site do Grande Premio e também na Revista Racing. Observando os créditos, segue o site do Mantovani - http://mantovani.zip.net/.


Segue abaixo uma montagem com a classe completa.


AF 447

Realmente, não tem muito a ver com o tema do blog, mas estou indignado e queria dividir com vocês também.

Essa tragédia ocorreu, as circunstâncias ainda são estranhas, tem aquela comoção toda com tudo que está acontecendo, todo mundo acompanha as buscas, é uma coisa que prende o público, aviação é um tema fascinante, e tal.

Mas o que me dá nojo, asco, vontade de vomitar mesmo, é a cobertura que certa parte da imprensa dá ao ocorrido. Fotos da família das vítimas, um batalhão de fotógrafos na porta dos hotéis e aeroportos como urubus em carniça. Ficam esperando um momento de dor, expondo o sofrimento dos parentes de maneira absurda, ultrapassando de longe a barreira do jornalismo e entrando no sensacionalismo.

E os "especialistas em aviação", então? Nessa hora aparecem dezenas deles, sempre dando opiniões polêmicas, levantando informações e hipóteses sinistras ou macabras. Com todo respeito, mas tem gente lá que não sabe nem o conceito de estabilidade direcional, fonte-sumidouro, e dando palpites. Tudo bem, tem gente que não conhece isso e manja muito mais de avião que eu, mas tem perneta que quer aparecer e os jornalistas publicam, sem nenhum embasamento técnico. Exemplo: neguinho falando que Airbus é projeto arrojado, e por isso PERIGOSO... Enfim, sensacionalismo puro.

Enfim, meus sentimentos as famílias. E que as autoridades aeronáuticas possam ter calma e recursos para solucionar as causas do acidente, e evitar que aconteça algo parecido. E os jornalistas que façam seu trabalho, ou seja, jornalismo.